Crítica | Transformers: A Era da Extinção

Maior em ação, menor em história
Maior em ação, menor em história


Título Original: Transformers: Age of Extinction
Lançamento: 17 de julho de 2014
Gênero: Ação, Aventura, Ficção Científica.
Elenco: Mark Wahlberg, Stanley Tucci, Nicola Peltz, Kelsey Grammer, Titus Welliver, Li Bingbing.
Direção: Michael Bay.
NOTA:

Iniciando uma nova trilogia à franquia Transformers, A Era da Extinção se passa três anos após os acontecimentos em Chicago de "Transformers: O Lado Oculto da Lua" e segue a jornada do texano Cade (Mark Wahlberg), que encontra Optimus Prime abandonado. Em uma época em que os Autobots são caçados pelos humanos, Cade ajuda o líder Autobot e, junto à sua filha Tessa (Nicola Peltz), entra na mira das autoridades americanas.

A nova produção dirigida por Michael Bay não traz nada do que já não vimos nas mãos do diretor. Como era de se esperar, tem muitas cenas de ação e o ritmo é frenético (muito mais que os anteriores). As batalhas estão mais perceptíveis e bem coreografadas. Os efeitos especiais, como de praxe, estão excelentes e enchem os olhos do público ao mostrar detalhes incríveis. As cenas filmadas em IMAX tem uma qualidade digital promissora e a fotografia, misturada com efeitos 3D muito bem impostos, são um espetáculo à parte. O que estraga mesmo o filme são os diálogos infames e frases de efeito muito mal colocadas, que nos fazem rir de desgosto e não do humor imposto (o público infantil, pelo menos, vai amar).

A trama dá mais espaço para locações inéditas e temos uma variedade de locais bem ampla. Viajamos do Texas à Hong Kong, de Hong Kong invadimos a nave alienígena (muito bem desenhada, por sinal, com um ótimo trabalho cenográfico) e ainda temos o suspense de algumas perseguições automotivas. A ficção científica também está bem presente, com uma boa dose de curiosidades. O problema é que Bay recicla algumas das cenas mais absurdas dos filmes anteriores (como quando humanos voam durante uma batalha e os autobots conseguem pegá-los no ar e deixá-los sem nenhum arranhão) e cria um reboliço grotesco. Mesmo que ainda maiores e mais emocionantes, é difícil não lembrar de algum detalhe já mostrado na franquia. O número exorbitante de propagandas, também, incomoda muitas vezes e pode cansar o espectador.

Mesmo sentindo falta do ótimo Shia Labeouf, ou do destemido Josh Duhamel, é difícil não se simpatizar com este novo elenco. Mark Wahlberg, sempre muito carismático, consegue cumprir seu papel de pai durão (um pouco exagerado, é claro, pelo roteiro mal escrito) e nas cenas de ação tem certa habilidade. O divertido mas ótimo Stanley Tucci também é prejudicado pelo texto ruim. Mas Nicola Peltz ao menos tem mais carisma e mostra mais atuação do que suas antecessoras Megan Fox (Transformers 1 e 2) e Rosie Huntington-Whiteley (Transformers 3) no papel da mocinha-se-tornando-durona. Os personagens, mesmo que sem uma certa profundidade, são carismáticos e nos fazem torcer por eles (quando não queremos que morram pelas frases ridículas que soltam no decorrer da trama). O papel do pai superprotetor que não suporta a ideia da filha namorar (Wahlberg), porém, é tão artificial quanto algumas explosões feitas com fogos de artifícios baratos.

Com uma história rasa e roteiro fraco, Transformers: A Era da Extinção ao menos tem empolgantes cenas de ação, com um 3D espetacular. As batalhas estão mais bem coreografadas e a entrada dos Dinobots fazem do filme algo ainda maior. As quase três horas do longa passam bem rápido, pois o ritmo frenético e tenso quase não nos deixa respirar. A trilha sonora é um show à parte e proporciona momentos bem emocionantes. É uma boa opção pra quem quer um aproveitar um show visualmente incrível nos cinemas. Não é preciso dizer que a experiência em 3D é quase necessária, não é? Se houver um IMAX ao seu alcance, não perca este lançamento.

Vamos torcer para que Michael Bay atue apenas como produtor no próximo filme (já confirmado pela Paramount), já que como roteirista mostra-se incompetente.
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1 comentários:

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Jão Macedo
admin
23/7/14 22:52 ×

E sobre a Bingbing Li? O papel dela foi fraco? Pois em Resident Evil: Retribuição ela trabalhou muito bem.

Congrats bro Jão Macedo you got PERTAMAX...! hehehehe...
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